Partindo desse princípio então, o caminho para o sucesso já está traçado. Mas como se destacar em meio a uma multidão?
A cada ano em Salvador, surge um novo grupo musical. Dentro deste "celeiro de talent
Foi pensando assim que Eddye, depois de passar por várias bandas, conseguiu colocar a sua em destaque. Vivendo no meio da música desde cedo, mantinha firme o seu ideal de montar algo diferente. Muitos não acreditavam, mas ele acreditou e não desistiu.
Os contos e mitos do Brasil, dizem que, a gente só acredita em fantasma, quando vê um...
E foi assim que Eddye voltou ao cenário musical... como um fantasma que do nada, começou a ganhar destaque trazendo uma nova proposta musical ao cenário baiano: Surgiu o "Fantasmão."
E todo mundo queria ver, ouvir, tocar para acreditar que era de verdade.
Com espírito inovador, os músicos incluíram um DJ nos shows, além de composições com enfoque social e religioso, preparadas por Eddye em parceria com um amigo. As letras falam sobre problemas sociais, orixás e religiosidade, pesquisando, inclusive, nas matrizes culturais africanas. Susto, só levou quem não acreditou no talento e coragem de Eddye. O resto do público achou que o "Fantasmão" era "camarada" e que sua música fazia muito bem a todos.
A inovação não ficou só nas letras. Incorporando o nome da banda ao figurino Eddye e sua turma vão aos shows vestidos e pintados como verdadeiros "Fantasmas". As dançarinas, contrariando a tradição baiana, não usam roupas curtas e justas como tops e shortinhos. Usam um vestido branco até o tornozelo e bem folgado. E o público vibra ao vê-las dançar ao som da batida do Fantasmão.
A prova maior que o Fantasmão conquistou a todos, é a reação do público. Muitos fãs vão aos shows de rosto pintado como os integrantes da banda.
A influência africana está mais presente que nunca nas letras e no ritmo do Fantasmão. Para homenagear as suas raízes Eddye criou músicas que falam da origem do ritmo "kuduro" que virou moda em Salvador: “Vem de Luanda, hit de Angola, que na Bahia já virou moda... dança africana, joguei na roda, vixe Maria, é coisa nova!”
Além disso a banda ainda trás na musicalidade um movimento novo da Bahia: "O groove arrastado é um ritmo que resulta das sonoridades do samba, reggae, rock e hip hop. É um movimento novo na Bahia, mas graças a Deus temos conseguido difundi-lo e já vemos outras bandas cantando nossas músicas! Isso é muito bom. Quanto à diferença em relação ao pagode tradicional, o Fantasmão não usa cavaquinho, que é um instrumento típico do pagode. Ao mesmo tempo que não usamos cavaquinho, a gente tem como componente fixo da banda um Dj, que nos acompanha em todos os shows e dá uma batida mais eletrônica nas músicas!" (Eddye)
O DVD "Confraria dos Fantasmão", ganhou o Brasil e levou o Grupo a se destacar e a não ficar de fora do Carnaval Baiano, arrastando uma multidão durante os 04 dias de folia.
Após o carnaval de puro sucesso a alegria do Fantasmão continou. Eddye viajou para São Paulo como
No dia seguinte, foi surpreendido com três indicações do Troféu Dodê e Osmar, o mais tradicional da impresa baiana.
Nas categorias Banda Revelação, Cantor Revelação e Melhor Banda de Pagode.
É a Bahia mostrando mais uma vez que o Gueto ou a Favela não é um lugar pobre: é na verdade um lugar que tem problemas sociais mas que é rico em talentos e grandes músicos. E o Fantasmão é a maior prova disso.
Convide este fantasma para "arrepiar" a sua festa!!!
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